Alguns dias da minha vida merecem ser repetidos, só pra eu ter certeza do que é ser eterno.
Dias, momentos e pessoas que não ficarão pra trás em nenhuma hipótese. E agora, só de fechar a porta, já tô com saudades e com vontade de nunca perder, de nunca deixar de fazer parte, saudade.
Vontade de ter pra sempre, saudade de todo dia, orgulho pelo que existe, expectativa pelo que vem, amor por nós, pelo encontro. Amor por conhecer, saber e escolher. Amor pela amizade e pelos 'dias que não deixaremos para trás'.
Mas eu odeio despedidas, até prefiro uvas passas com arroz!
Camila
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
E só
'Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros
Ninguém pode acreditar
Na gente separado
Eu tenho mil amigos mas você foi
O meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só'
É certo que nem todos podem me entender. Mas ainda mais certo é que eu entendi o motivo de ter sido essa música, eu entendi o porquê de ter sido pra mim e, bem melhor que entender, eu percebo o quanto vocês, 'meu círculo próximo', entendem de mim e das coisas que me deixam feliz ou não.
Se depois desse 'você' os outros são só outros, depois de vocês nem dá pra pensar em outras. É só com muito respeito, dedicação, com muita vontade, muito carinho, muito amor, muito companheirismo, muita preocupação, muito cuidado, muitos sorrisos, é só assim que se pode encontrar o que já temos: muita amizade. E só o nosso 'círculo' é tão especial e tão diverso, e o melhor de tudo é essa diferença toda que, ao invés de afastar, aproxima.
E sabe o que eu quero? Passar muito tempo comendo macarrão com muuuito queijo e pavê ao lado de vocês, quero ouvir as risadas e os conselhos e broncas, ficar ouvindo o violão e as vozes, ficar olhando os sorrisos e pensando no quão importante é sentar no chão e ver vocês, quero aprender marcha soldado e as músicas que os sertanejos estragaram. E SÓ!
Camila
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros
Ninguém pode acreditar
Na gente separado
Eu tenho mil amigos mas você foi
O meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só'
É certo que nem todos podem me entender. Mas ainda mais certo é que eu entendi o motivo de ter sido essa música, eu entendi o porquê de ter sido pra mim e, bem melhor que entender, eu percebo o quanto vocês, 'meu círculo próximo', entendem de mim e das coisas que me deixam feliz ou não.
Se depois desse 'você' os outros são só outros, depois de vocês nem dá pra pensar em outras. É só com muito respeito, dedicação, com muita vontade, muito carinho, muito amor, muito companheirismo, muita preocupação, muito cuidado, muitos sorrisos, é só assim que se pode encontrar o que já temos: muita amizade. E só o nosso 'círculo' é tão especial e tão diverso, e o melhor de tudo é essa diferença toda que, ao invés de afastar, aproxima.
E sabe o que eu quero? Passar muito tempo comendo macarrão com muuuito queijo e pavê ao lado de vocês, quero ouvir as risadas e os conselhos e broncas, ficar ouvindo o violão e as vozes, ficar olhando os sorrisos e pensando no quão importante é sentar no chão e ver vocês, quero aprender marcha soldado e as músicas que os sertanejos estragaram. E SÓ!
Camila
sábado, 6 de novembro de 2010
Não é?!
Pra cada não que a gente diz, há um sim perdido por aí. O retrato do que poderia ter sido e não foi.
Desde que me entendo por gente sou adepta da permissão, sempre era do grupo dos que permitiam. Tudo e todos. Eu me permitia, eu me dava o direito de. Eu me dou todos os direitos, mesmo que eles sejam completamente errados. Mas falar sobre o erro também já me faz partir pra outra pergunta: errado é o que mesmo?
E como a gente se engana com essa possibilidade, como a gente se engana com tudo. Tudo que parece pode não ser. E o risco do erro é grande, a gente engana, a gente se engana.
Tudo pode ser. Ou não. Eu posso ser quem pareço, ou não. Posso afirmar ou negar isso tudo, mas é tão bom saber que se pode ou não. É tão bom saber o que se é, e não saber. É bom ser e não ser e parecer e deixar todo mundo pensar sobre mim. Alguns, inevitavelmente, sempre sabem a verdade, mas é só porque eles já se transformaram num pouco do sim e do não, dos contrários que eu sou.
Pra cada não, um sim. Sempre dois caminhos, sempre duas possibilidades, vai ou não vai. É ou não é. Eu gosto tão mais de dizer sim, porque um não no caminho muda tudo. Então eu me permito, ir ali e além. Ser e tentar, não ser e me enganar, permito deixar de ser e viver tentando entender, me entender.
Pode ser por você, por mim, por amor ou falta de. Pode não ser. Mas, hoje, é sim!
Camila
Desde que me entendo por gente sou adepta da permissão, sempre era do grupo dos que permitiam. Tudo e todos. Eu me permitia, eu me dava o direito de. Eu me dou todos os direitos, mesmo que eles sejam completamente errados. Mas falar sobre o erro também já me faz partir pra outra pergunta: errado é o que mesmo?
E como a gente se engana com essa possibilidade, como a gente se engana com tudo. Tudo que parece pode não ser. E o risco do erro é grande, a gente engana, a gente se engana.
Tudo pode ser. Ou não. Eu posso ser quem pareço, ou não. Posso afirmar ou negar isso tudo, mas é tão bom saber que se pode ou não. É tão bom saber o que se é, e não saber. É bom ser e não ser e parecer e deixar todo mundo pensar sobre mim. Alguns, inevitavelmente, sempre sabem a verdade, mas é só porque eles já se transformaram num pouco do sim e do não, dos contrários que eu sou.
Pra cada não, um sim. Sempre dois caminhos, sempre duas possibilidades, vai ou não vai. É ou não é. Eu gosto tão mais de dizer sim, porque um não no caminho muda tudo. Então eu me permito, ir ali e além. Ser e tentar, não ser e me enganar, permito deixar de ser e viver tentando entender, me entender.
Pode ser por você, por mim, por amor ou falta de. Pode não ser. Mas, hoje, é sim!
Camila
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Dialética
'É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...' (Vinícius de Moraes)
e não é?!
tudo é pra gente ser feliz. o amor, o amor principalmente. mesmo quando ele ainda nem existe. Por que a tristeza do caminho fica menor, quase invisível, com amor.
Que coisa mais gostosa de se sentir: amor, todo amor!
Camila
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...' (Vinícius de Moraes)
e não é?!
tudo é pra gente ser feliz. o amor, o amor principalmente. mesmo quando ele ainda nem existe. Por que a tristeza do caminho fica menor, quase invisível, com amor.
Que coisa mais gostosa de se sentir: amor, todo amor!
Camila
De todos!
É mais ou menos assim: o que querem é que eu pense no futuro, meu passado não resolvido reapareceu inesperadamente e o presente que eu tanto forço pra continuar vivendo não é meu.
Acho que é isso: estou pulando constantemente do passado ao futuro, do presente ao passado. De você pra ele. Deles pra vocês. De mim pra todo mundo. De nada pra nada.
Tenho a impressão de ter mentido pra mim o tempo todo. E pior de tudo é que eu continuo mentindo descaradamente, a cada minuto e sempre mais.
Por que se eu fosse tão bem resolvida com todos esses meus tempos, eu não sofreria tanto pelo que passou, pelo que ainda tá passando e nem pelo que vai passar.
Eu deveria ter procurado, ligado, brigado, falado, chorado...eu deveria ter demonstrado qualquer coisa que não fosse indiferença. Se eu tivesse feito tudo isso ao invés de virar as costas e não voltar mais, talvez não precisasse cuidar desses fantasmas. Eu precisava ter deixado todo mundo ver o final da história, mas, como sempre, fui omissa demais e preferi deixar uma pontinha de qualquer coisa que seja pra trás. Só acho que coração nenhum deveria acelerar tanto por algo que já foi.
- Ei,menina. Já foi mesmo?
Mas que pergunta...
Ah, e eu amo tanto o que eu vivo/não vivo/deveria viver, amo tanto esse agora, o instante mais perto de mim, o presente. Só que o presente machuca mais que o passado, talvez porque ele possa ser mudado ou não. E essa possibilidade do não é prato cheio pra viver um pouco menos feliz. É, o que amo está aqui. Mas o que é o que lá ficou?
E o que será? agora não consigo pensar, nem procurar, nem conhecer, nem mesmo sonhar. Vai ser sem mesmo que eu queira. Pode ser de novo o que passou, pode ser o que passa, pode ser nada disso. Mas agora não dá pra saber.
E porque eu vivo mentindo pra mim? Só pq eu não resolvi nada na minha vida e digo que sim, pq não tá tudo bem quando eu digo que tá, pq eu quero saber e não esquecer.
E aí...e aí eu não sei, eu nunca sei! Só acho que é saudade...de todos.
Camila
Acho que é isso: estou pulando constantemente do passado ao futuro, do presente ao passado. De você pra ele. Deles pra vocês. De mim pra todo mundo. De nada pra nada.
Tenho a impressão de ter mentido pra mim o tempo todo. E pior de tudo é que eu continuo mentindo descaradamente, a cada minuto e sempre mais.
Por que se eu fosse tão bem resolvida com todos esses meus tempos, eu não sofreria tanto pelo que passou, pelo que ainda tá passando e nem pelo que vai passar.
Eu deveria ter procurado, ligado, brigado, falado, chorado...eu deveria ter demonstrado qualquer coisa que não fosse indiferença. Se eu tivesse feito tudo isso ao invés de virar as costas e não voltar mais, talvez não precisasse cuidar desses fantasmas. Eu precisava ter deixado todo mundo ver o final da história, mas, como sempre, fui omissa demais e preferi deixar uma pontinha de qualquer coisa que seja pra trás. Só acho que coração nenhum deveria acelerar tanto por algo que já foi.
- Ei,menina. Já foi mesmo?
Mas que pergunta...
Ah, e eu amo tanto o que eu vivo/não vivo/deveria viver, amo tanto esse agora, o instante mais perto de mim, o presente. Só que o presente machuca mais que o passado, talvez porque ele possa ser mudado ou não. E essa possibilidade do não é prato cheio pra viver um pouco menos feliz. É, o que amo está aqui. Mas o que é o que lá ficou?
E o que será? agora não consigo pensar, nem procurar, nem conhecer, nem mesmo sonhar. Vai ser sem mesmo que eu queira. Pode ser de novo o que passou, pode ser o que passa, pode ser nada disso. Mas agora não dá pra saber.
E porque eu vivo mentindo pra mim? Só pq eu não resolvi nada na minha vida e digo que sim, pq não tá tudo bem quando eu digo que tá, pq eu quero saber e não esquecer.
E aí...e aí eu não sei, eu nunca sei! Só acho que é saudade...de todos.
Camila
domingo, 17 de outubro de 2010
Completo nunca fica
Sempre falta alguma coisa.
E é esse o segredo da vida: sempre faltar pra gente sempre procurar.
Tem dias que eu procuro bastante, que eu me forço a sentir completa, tem dias que eu resolvo meus mistérios. Em outros, como hoje, não tenho paciência pra essa frescurada toda, não tenho paciência pra me entender e nem pra tentar perceber o que eu quero, não quero nem saber o que falta e em que lugar eu encontro. Eu posso comer a casa inteira que o que tô mesmo com vontade não tem aqui e, provavelmente, em nenhum lugar, posso sentar, deitar, levantar, me olhar no espelho, arrumar meus óculos, posso tirá-los, eu posso ler todos os livros que eu tenho, posso tentar dormir, posso ligar e desligar a tv, ouvir todas as nove mil e duzentas músicas que eu tenho aqui que nenhuma delas vai me fazer sentir coisa nenhuma que não seja o vazio por saber que falta alguma coisa.
Eu posso ter todas as coisas que eu preciso e ainda assim vai sobrar esse espaço vazio, vai sobrar umas linhas em branco, em preto, em tudo que não seja colorido. Eu vou sobrar inteira e vazia, cheia da falta de. Sem vontade de encontrar o que quer que seja, sem vontade de tapar o sol com a peneira, sem vontade de esperar qualquer coisa, sem vontade de entender o que acontece e o que não acontece, sem coragem, sem vontade, sem vontade de perceber porque a gente perde tanto tempo fazendo nada, amando nada, comendo nada, e sentindo nada. O que a gente faz é passar o tempo cobrindo a falta com nada, pelo menos nada que não se transforme em falta logo depois. Hoje não quero procurar mais não, talvez amanhã eu volte a acreditar nessa busca...
Camila
E é esse o segredo da vida: sempre faltar pra gente sempre procurar.
Tem dias que eu procuro bastante, que eu me forço a sentir completa, tem dias que eu resolvo meus mistérios. Em outros, como hoje, não tenho paciência pra essa frescurada toda, não tenho paciência pra me entender e nem pra tentar perceber o que eu quero, não quero nem saber o que falta e em que lugar eu encontro. Eu posso comer a casa inteira que o que tô mesmo com vontade não tem aqui e, provavelmente, em nenhum lugar, posso sentar, deitar, levantar, me olhar no espelho, arrumar meus óculos, posso tirá-los, eu posso ler todos os livros que eu tenho, posso tentar dormir, posso ligar e desligar a tv, ouvir todas as nove mil e duzentas músicas que eu tenho aqui que nenhuma delas vai me fazer sentir coisa nenhuma que não seja o vazio por saber que falta alguma coisa.
Eu posso ter todas as coisas que eu preciso e ainda assim vai sobrar esse espaço vazio, vai sobrar umas linhas em branco, em preto, em tudo que não seja colorido. Eu vou sobrar inteira e vazia, cheia da falta de. Sem vontade de encontrar o que quer que seja, sem vontade de tapar o sol com a peneira, sem vontade de esperar qualquer coisa, sem vontade de entender o que acontece e o que não acontece, sem coragem, sem vontade, sem vontade de perceber porque a gente perde tanto tempo fazendo nada, amando nada, comendo nada, e sentindo nada. O que a gente faz é passar o tempo cobrindo a falta com nada, pelo menos nada que não se transforme em falta logo depois. Hoje não quero procurar mais não, talvez amanhã eu volte a acreditar nessa busca...
Camila
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Dos dois..
Às vezes você é tão homem e em outras tão menino que eu ainda não sei por qual me apaixonei primeiro. Só que amo o menino e o homem, os dois que são você, nem outro menino, nem outro homem, você e só.
E eu te amo apesar de você ser um idiota quando mente só pra me fazer de boba e ainda mais quando fala tudo que me deixa brava só pra me ver com ódio. Eu não devia te olhar nunca mais depois das vezes em que você inventa umas histórias só pra enganar um pouco mais e eu choro de tão boba que sou, pra só depois desse ritual todo, do idiota e da boba, você dizer que é mentira e eu te falar pra não fazer mais isso. Mas você faz, e eu choro de novo, e peço pra não repetir. Só que eu amo esse menino idiota e as histórias que conta pra me enganar e rir da minha cara. E eu amo o homem que sabe o que quer, ou melhor, que nunca sabe o que quer. Não tem ninguém nesse mundo mais confuso que você, só que essas coisas devem ser do menino e não do homem.
Eu me irrito tanto com essa sua ausência, esses seus sumiços, essa sua falta de vontade de saber de mim. Eu poderia ir morar na China que você não ia nem me ligar, eu sei que não ia, no fundo você não tá nem aí comigo, nem eu com você. Porque tem dias que eu quero que você, homem ou menino, morra, ou mude de planeta, ou mude pra algum lugar bem frio, porque eu queria te ver passando frio e sofrendo, e morrendo de saudade de mim porque eu não vou passar frio com você. Mas no fundo não quero que você sofra, nem que fique com frio, porque eu te amo mais do que muita coisa nesse mundo, queria só que você morresse de saudade de mim e me amasse mais do que sorvete, mas não sei se isso é possível, não. Não porque eu não seja melhor que sorvete, às vezes eu até sou, é que você é um louco varrido e tem problema.
Eu não canso de contar pra todo mundo as palhaçadas que você faz, porque você é um palhaço que faz todo mundo rir com essas suas ‘piadinhas’ supostamente inteligentes. Só que eu queria acordar e dormir ouvindo essas piadas pro resto da vida, nem que fosse pelo telefone. Aliás, eu me apaixonei pelo telefone no mesmo minuto em que me apaixonei por você. Porque pra você a música que toca é diferente da de todo mundo e eu sei de longe quando é você, aí meu coração já fica acelerado e eu faço aquela cara de idiota porque eu sei que vou ouvir sua voz, e é tão bom saber o que você tá fazendo, o que vai fazer, é bom saber que você tá bem, que você tá vivo. É bom ouvir a voz do menino mais lindo do mundo, e brigar porque as coisas não são como eu quero, e rir porque você é engraçado e chorar porque eu sei que tem fim e ligar de novo porque eu te amo, e só porque eu te amo muitas coisas são feitas.
Eu te odeio porque por você eu quis um monte de coisas que não aconteceram e nem vão acontecer, porque você estragou tudo, você sempre estragou tudo e preferiu tudo menos viver comigo cada coisa dessas que eu queria. Eu amo tanto você que é difícil te odiar por isso, por você sempre ter estragado meus sonhos e ter ferrado com as minhas expectativas.
Eu não queria brigar com você pelo resto da vida, nem brincar de casamento fora de época com você, não queria te impedir de pescar, nem de jogar futebol com os amigos. Só queria ser feliz e poder te amar, sem ter que te odiar cada dia que choro por saudades suas. Queria mesmo amar e só, ser feliz e só, ser boba e só, ouvir suas histórias de idiota e só, acordar e passar noites acordadas com você e só, eu só queria que você gostasse de mim mais do que gosta de sorvete. Só. Porque você é lindo, é tão homem, tão menino, e, tirando uns defeitos mortais, é perfeito, como eu esperava que fosse o homem da minha vida. Porque eu adoro seu cheiro, adoro sua voz, suas mãos, e cada parte sua. Eu amo te olhar e perceber como é você, eu amo cada coisa que eu tenho pra lembrar, menos das vezes em que você brigou comigo de verdade, só porque nunca consegue acreditar em mim.
O pior de tudo é saber que você, o homem ou menino teimoso, nunca vai ser o meu menino. Não que eu tenha te perdido,é que eu nunca ganhei.
Camila
E eu te amo apesar de você ser um idiota quando mente só pra me fazer de boba e ainda mais quando fala tudo que me deixa brava só pra me ver com ódio. Eu não devia te olhar nunca mais depois das vezes em que você inventa umas histórias só pra enganar um pouco mais e eu choro de tão boba que sou, pra só depois desse ritual todo, do idiota e da boba, você dizer que é mentira e eu te falar pra não fazer mais isso. Mas você faz, e eu choro de novo, e peço pra não repetir. Só que eu amo esse menino idiota e as histórias que conta pra me enganar e rir da minha cara. E eu amo o homem que sabe o que quer, ou melhor, que nunca sabe o que quer. Não tem ninguém nesse mundo mais confuso que você, só que essas coisas devem ser do menino e não do homem.
Eu me irrito tanto com essa sua ausência, esses seus sumiços, essa sua falta de vontade de saber de mim. Eu poderia ir morar na China que você não ia nem me ligar, eu sei que não ia, no fundo você não tá nem aí comigo, nem eu com você. Porque tem dias que eu quero que você, homem ou menino, morra, ou mude de planeta, ou mude pra algum lugar bem frio, porque eu queria te ver passando frio e sofrendo, e morrendo de saudade de mim porque eu não vou passar frio com você. Mas no fundo não quero que você sofra, nem que fique com frio, porque eu te amo mais do que muita coisa nesse mundo, queria só que você morresse de saudade de mim e me amasse mais do que sorvete, mas não sei se isso é possível, não. Não porque eu não seja melhor que sorvete, às vezes eu até sou, é que você é um louco varrido e tem problema.
Eu não canso de contar pra todo mundo as palhaçadas que você faz, porque você é um palhaço que faz todo mundo rir com essas suas ‘piadinhas’ supostamente inteligentes. Só que eu queria acordar e dormir ouvindo essas piadas pro resto da vida, nem que fosse pelo telefone. Aliás, eu me apaixonei pelo telefone no mesmo minuto em que me apaixonei por você. Porque pra você a música que toca é diferente da de todo mundo e eu sei de longe quando é você, aí meu coração já fica acelerado e eu faço aquela cara de idiota porque eu sei que vou ouvir sua voz, e é tão bom saber o que você tá fazendo, o que vai fazer, é bom saber que você tá bem, que você tá vivo. É bom ouvir a voz do menino mais lindo do mundo, e brigar porque as coisas não são como eu quero, e rir porque você é engraçado e chorar porque eu sei que tem fim e ligar de novo porque eu te amo, e só porque eu te amo muitas coisas são feitas.
Eu te odeio porque por você eu quis um monte de coisas que não aconteceram e nem vão acontecer, porque você estragou tudo, você sempre estragou tudo e preferiu tudo menos viver comigo cada coisa dessas que eu queria. Eu amo tanto você que é difícil te odiar por isso, por você sempre ter estragado meus sonhos e ter ferrado com as minhas expectativas.
Eu não queria brigar com você pelo resto da vida, nem brincar de casamento fora de época com você, não queria te impedir de pescar, nem de jogar futebol com os amigos. Só queria ser feliz e poder te amar, sem ter que te odiar cada dia que choro por saudades suas. Queria mesmo amar e só, ser feliz e só, ser boba e só, ouvir suas histórias de idiota e só, acordar e passar noites acordadas com você e só, eu só queria que você gostasse de mim mais do que gosta de sorvete. Só. Porque você é lindo, é tão homem, tão menino, e, tirando uns defeitos mortais, é perfeito, como eu esperava que fosse o homem da minha vida. Porque eu adoro seu cheiro, adoro sua voz, suas mãos, e cada parte sua. Eu amo te olhar e perceber como é você, eu amo cada coisa que eu tenho pra lembrar, menos das vezes em que você brigou comigo de verdade, só porque nunca consegue acreditar em mim.
O pior de tudo é saber que você, o homem ou menino teimoso, nunca vai ser o meu menino. Não que eu tenha te perdido,é que eu nunca ganhei.
Camila
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
"Todo mundo de repente ficou lindo, lindo de morrer"
Para uma Menina com uma Flor
"Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai,
eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino,
o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde,
tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado.
E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras.
E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua D.D.C. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar.
E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor,
se vestindo parecido.
E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo.
E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca.
E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho.
E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas.
E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara na Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando.
E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro.
E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris;
fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena;
é um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.
E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão purinha entre as marias-sem-vergonha - a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa.
E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor." (Vinicius de Moraes).
Isso é que é lindo e faz vários sorrisos...
Camila
"Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai,
eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino,
o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde,
tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado.
E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras.
E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua D.D.C. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar.
E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor,
se vestindo parecido.
E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo.
E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca.
E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho.
E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas.
E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara na Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando.
E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro.
E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris;
fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena;
é um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.
E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão purinha entre as marias-sem-vergonha - a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa.
E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor." (Vinicius de Moraes).
Isso é que é lindo e faz vários sorrisos...
Camila
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Não eram meus, não era sua.
Me dei conta que matei e, sobretudo, enterrei algumas pessoas, alguns momentos, alguns cheiros, uma parte da minha vida que me pareceu estranha, de outra pessoa.
Me senti como uma estranha contando uma história pouco conhecida, lembrando tempos que não são meus, forçando muito pra lembrar o que veio depois e quem foi embora antes.
Não sei o que eu sentia, o porquê das flores, não reconheço os perfumes,não lembro dos sorrisos e das lágrimas minhas, deles, nem minhas por eles.
Consciência de que foi importante eu tenho, foi de primeira mão, foi novidade, descoberta, foram paixões, foi primeiro, segundo, terceiro, quarta e quinta, todo dia.
Teve intensidade, eu sei, teve tudo que deveria, e não, ter. Lembro que ria, não sei de quê, lembro que gostava do que não existe mais, lembro de algumas estrelas e um esquimó romântico, só faltou ter amor pra lembrar.
Quando eu conto, me sinto mentindo ou criando. Mas não! Foi mesmo comigo. Eu fui tão decidida nesse meu passado estranho (e não tão distante) que simplesmente não perdoei traições e mentiras, não quis cuidar de ninguém, não quis cair em tentação nenhuma vez, eu só quis seguir. Só me surpreendo, hoje, por perceber o quanto fui forte e quão rápido foi o processo. Não que eu tenha riscado ou passado uma borracha, eu rasguei em pedacinhos o papel inteiro, joguei longe, mandei embora. Nunca mais vi, nunca mais perguntei por, não lembrei, não chorei pela falta, não pensei em ligar, não reconheci mais nada, não senti e nem lembrei do que havia sentido. Eu exclui, eu enterrei, eu segui, ficou pra trás. Sem saudade, sem muitas lembranças, sem nada.
Quem, hoje, conta essas lembranças meio velhas e ultrapassadas, é menos forte e decidida, talvez seja porque agora existe amor e pode ser que ele enfraqueça. Talvez por amor é que existe perdão, lágrimas, sorrisos, e perfumes reconhecidos de longe. Pode ser que esteja mais fraca, mas acho que futuramente, vou lembrar do porquê da falta de flores, vou lembrar que não havia nenhum esquimó e muito menos romântico, talvez eu me lembre o motivo de cada coisa que eu faço, talvez eu me sinta personagem dessa história e não rasgue todas as folhas.
Preciso lembrar como é ser forte, lembrar do amor eu não preciso. Só pra saber se o bom é seguir, sem amor e com certeza, ou esperar, com dúvidas e um amor como companheiro.
Camila
Me senti como uma estranha contando uma história pouco conhecida, lembrando tempos que não são meus, forçando muito pra lembrar o que veio depois e quem foi embora antes.
Não sei o que eu sentia, o porquê das flores, não reconheço os perfumes,não lembro dos sorrisos e das lágrimas minhas, deles, nem minhas por eles.
Consciência de que foi importante eu tenho, foi de primeira mão, foi novidade, descoberta, foram paixões, foi primeiro, segundo, terceiro, quarta e quinta, todo dia.
Teve intensidade, eu sei, teve tudo que deveria, e não, ter. Lembro que ria, não sei de quê, lembro que gostava do que não existe mais, lembro de algumas estrelas e um esquimó romântico, só faltou ter amor pra lembrar.
Quando eu conto, me sinto mentindo ou criando. Mas não! Foi mesmo comigo. Eu fui tão decidida nesse meu passado estranho (e não tão distante) que simplesmente não perdoei traições e mentiras, não quis cuidar de ninguém, não quis cair em tentação nenhuma vez, eu só quis seguir. Só me surpreendo, hoje, por perceber o quanto fui forte e quão rápido foi o processo. Não que eu tenha riscado ou passado uma borracha, eu rasguei em pedacinhos o papel inteiro, joguei longe, mandei embora. Nunca mais vi, nunca mais perguntei por, não lembrei, não chorei pela falta, não pensei em ligar, não reconheci mais nada, não senti e nem lembrei do que havia sentido. Eu exclui, eu enterrei, eu segui, ficou pra trás. Sem saudade, sem muitas lembranças, sem nada.
Quem, hoje, conta essas lembranças meio velhas e ultrapassadas, é menos forte e decidida, talvez seja porque agora existe amor e pode ser que ele enfraqueça. Talvez por amor é que existe perdão, lágrimas, sorrisos, e perfumes reconhecidos de longe. Pode ser que esteja mais fraca, mas acho que futuramente, vou lembrar do porquê da falta de flores, vou lembrar que não havia nenhum esquimó e muito menos romântico, talvez eu me lembre o motivo de cada coisa que eu faço, talvez eu me sinta personagem dessa história e não rasgue todas as folhas.
Preciso lembrar como é ser forte, lembrar do amor eu não preciso. Só pra saber se o bom é seguir, sem amor e com certeza, ou esperar, com dúvidas e um amor como companheiro.
Camila
sábado, 18 de setembro de 2010
não tem lugar
"O meu mundo não é como o dos outros,
quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante que eu nem mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessoa;
sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê"
tem dias que eu não tenho lugar, que nada parece estar certo, tem dias que nada é meu!
e hoje é assim: estou aqui e em todos os outros lugares, não estou em nenhum. De jeito nenhum.
não tem lugar pra mim no mundo hoje,nem lugar em mim pra ninguém.
é questão de encaixe, um dia dá certo, outro não. É a vida,né!? É ter saudade do que sabe e do que nem imagina...
Camila
quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante que eu nem mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessoa;
sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê"
tem dias que eu não tenho lugar, que nada parece estar certo, tem dias que nada é meu!
e hoje é assim: estou aqui e em todos os outros lugares, não estou em nenhum. De jeito nenhum.
não tem lugar pra mim no mundo hoje,nem lugar em mim pra ninguém.
é questão de encaixe, um dia dá certo, outro não. É a vida,né!? É ter saudade do que sabe e do que nem imagina...
Camila
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Pequena
Reparando bem, nada faz sentido na vida. Nem a própria vida faz.
Acredito que em um ou outro momento todos percebemos que é assim,e às vezes uma aula maravilhosa nos faz lembrar do que é evidente.
Todo mundo vive meio que no escuro, tudo é mais ou menos de surpresa, tudo que a gente espera é alguma coisa que nem conhece e nem sabe se vem, não sabe de onde vem,a gente não sabe nem porque quer. É tudo puro mistério.
Eu facilmente enlouqueceria se sempre pensasse pra que comer, porque amar, trabalhar, limpar, sujar, rir e chorar, porque transar, brigar, odiar e esperar, porque planejar, lavar,respirar, porque respirar?
Talvez o bom da vida seja exatamente esse não saber, talvez bom seja arriscar o que tem e o que nem pensa em ter, vai ver nem era pra ter sentido. E não tem.
Ninguém explica a vida, nem a morte, nem o que acontece entre as duas. Não se explica, não entende, não sabe, não prevê, não aceita.
Talvez eu só venha a entender no fim, e tudo comece a ter um pouco de sentido pra mim, enquanto pra alguns é exatamente por isso que vai ser ainda mais sem sentido.
Começa pra uns, termina pra outros. Mas não há quem não fique no escuro, tentando saber um pouco mais, tentando sentir um pouco mais, tentando ter olhos um pouco maiores. Diante de tanto mistério só dá pra saber o quão pequenos somos todos. Pequena, pouco e quase nada. Não por nada, não por tristeza nenhuma, não por saudade, não por amor, não por dor, não por mim, nem por você. Só sou pequena por ser, sem saber, só por ser pequena e ser eu. E por não ter sentido.
Camila
Acredito que em um ou outro momento todos percebemos que é assim,e às vezes uma aula maravilhosa nos faz lembrar do que é evidente.
Todo mundo vive meio que no escuro, tudo é mais ou menos de surpresa, tudo que a gente espera é alguma coisa que nem conhece e nem sabe se vem, não sabe de onde vem,a gente não sabe nem porque quer. É tudo puro mistério.
Eu facilmente enlouqueceria se sempre pensasse pra que comer, porque amar, trabalhar, limpar, sujar, rir e chorar, porque transar, brigar, odiar e esperar, porque planejar, lavar,respirar, porque respirar?
Talvez o bom da vida seja exatamente esse não saber, talvez bom seja arriscar o que tem e o que nem pensa em ter, vai ver nem era pra ter sentido. E não tem.
Ninguém explica a vida, nem a morte, nem o que acontece entre as duas. Não se explica, não entende, não sabe, não prevê, não aceita.
Talvez eu só venha a entender no fim, e tudo comece a ter um pouco de sentido pra mim, enquanto pra alguns é exatamente por isso que vai ser ainda mais sem sentido.
Começa pra uns, termina pra outros. Mas não há quem não fique no escuro, tentando saber um pouco mais, tentando sentir um pouco mais, tentando ter olhos um pouco maiores. Diante de tanto mistério só dá pra saber o quão pequenos somos todos. Pequena, pouco e quase nada. Não por nada, não por tristeza nenhuma, não por saudade, não por amor, não por dor, não por mim, nem por você. Só sou pequena por ser, sem saber, só por ser pequena e ser eu. E por não ter sentido.
Camila
domingo, 5 de setembro de 2010
Estava em paz quando você chegou...
De fato estava. Eu precisava dela, daquele tempo tão bom de completo sossego e desprendimento, longe de todo amor e ódio, de qualquer beijo e qualquer briga. Era paz, estava em paz. Passou, a paz passou e chegou você. Chegou o amor, o primeiro, chegou pra me fazer enlouquecer, pra me fazer perder o que eu não tinha, chegou pra me fazer ganhar o que poucos têm.
Veio rápido, no primeiro dia do começo de novos tempos, passou por todos os outros dias que vieram, eu quero que passe por todos os outros que eu também passar.
Tudo bem, eu nego e afirmo todo dia. Digo não, digo sim e talvez, digo que não entendo você e sua mania de não estar comigo, depois eu entendo essa mania e as outras. Só que no fim das contas não entendo nenhuma, nem minha, nem sua.
Muita coisa é mesmo capaz de mudar, eu abri mão da minha paz por você, abri mão do sossego e decidi enlouquecer, decidi esperar, não esperar, decidi brigar, ligar, amar, decidi te ler, te ver, te entender, te odiar, te querer e querer te matar. Decidi sentir sua falta, roer as unhas por você, gostar do seu sorriso, amar o seu cheiro. Decidi fugir de mim pra fugir de você, estive ausente do mundo e de mim. Por você e com você já dormi tão bem e tão mal, sem você já dormi, não dormi, já chorei, mas também já ri tanto, já exclui você da minha vida sem te contar e dois minutos depois implorei a mim mesma pra voltar atrás.
Não é que eu tenha sempre sido assim, é por você que eu sou essa maluca com vontade de te trancar e esconder só pra mim, é porque você é tão lindo e perfeito, porque você é tão chato e me irrita, porque você é tão meu e não é, é porque eu desisto e insisto.
Porque eu queria ter e ser você, pra entender o que ainda não dá, pra saber porque eu te amo tanto, pra saber porque eu quero você dentro e fora, perto e longe, pra saber porque é tão ruim sem você, porque com você é sem paz e tão bom. Queria aprender o que você sabe, sentir o que sente você, sorrir com o seu sorriso e beijar a boca que não é minha pra sempre, queria ver com os seus olhos, e saber por que os meus olham com tanto encanto, porque sempre te procuram em todo canto, porque eu tenho cara de boba pra você. Não adiantaria nada disso, é verdade. Não vou nunca entender nada, não vou nunca desvendar nem metade de tudo, não vou saber resposta nenhuma, não vou não querer você.
Quando tem paz é tudo calminho, é tudo certinho, bonitinho. Quando tem você é tudo intenso, avassalador, quente, inconstante, confuso, é tudo incerto, é bonito e não é.
Quando eu desligo o telefone, paro de ouvir sua voz e começo a ouvir a minha, e vejo que tudo está em paz eu percebo o quanto eu amo você, cada parte sua. É por isso que eu preciso ligar de novo, ouvir de novo a sua voz, contar o que disse a minha, fazer cara de boba, sentir a paz indo embora e você chegando.
Eu vou te odiar algumas vezes ainda, principalmente quando a saudade for maior que eu, mas eu amo tanto, tanto, tanto, tanto, tanto. É maior que o ódio, que a paz, que o sossego, que a saudade, que os medos e as perguntas.
Trancaria você mesmo, só pra te olhar dormindo.
Camila
Veio rápido, no primeiro dia do começo de novos tempos, passou por todos os outros dias que vieram, eu quero que passe por todos os outros que eu também passar.
Tudo bem, eu nego e afirmo todo dia. Digo não, digo sim e talvez, digo que não entendo você e sua mania de não estar comigo, depois eu entendo essa mania e as outras. Só que no fim das contas não entendo nenhuma, nem minha, nem sua.
Muita coisa é mesmo capaz de mudar, eu abri mão da minha paz por você, abri mão do sossego e decidi enlouquecer, decidi esperar, não esperar, decidi brigar, ligar, amar, decidi te ler, te ver, te entender, te odiar, te querer e querer te matar. Decidi sentir sua falta, roer as unhas por você, gostar do seu sorriso, amar o seu cheiro. Decidi fugir de mim pra fugir de você, estive ausente do mundo e de mim. Por você e com você já dormi tão bem e tão mal, sem você já dormi, não dormi, já chorei, mas também já ri tanto, já exclui você da minha vida sem te contar e dois minutos depois implorei a mim mesma pra voltar atrás.
Não é que eu tenha sempre sido assim, é por você que eu sou essa maluca com vontade de te trancar e esconder só pra mim, é porque você é tão lindo e perfeito, porque você é tão chato e me irrita, porque você é tão meu e não é, é porque eu desisto e insisto.
Porque eu queria ter e ser você, pra entender o que ainda não dá, pra saber porque eu te amo tanto, pra saber porque eu quero você dentro e fora, perto e longe, pra saber porque é tão ruim sem você, porque com você é sem paz e tão bom. Queria aprender o que você sabe, sentir o que sente você, sorrir com o seu sorriso e beijar a boca que não é minha pra sempre, queria ver com os seus olhos, e saber por que os meus olham com tanto encanto, porque sempre te procuram em todo canto, porque eu tenho cara de boba pra você. Não adiantaria nada disso, é verdade. Não vou nunca entender nada, não vou nunca desvendar nem metade de tudo, não vou saber resposta nenhuma, não vou não querer você.
Quando tem paz é tudo calminho, é tudo certinho, bonitinho. Quando tem você é tudo intenso, avassalador, quente, inconstante, confuso, é tudo incerto, é bonito e não é.
Quando eu desligo o telefone, paro de ouvir sua voz e começo a ouvir a minha, e vejo que tudo está em paz eu percebo o quanto eu amo você, cada parte sua. É por isso que eu preciso ligar de novo, ouvir de novo a sua voz, contar o que disse a minha, fazer cara de boba, sentir a paz indo embora e você chegando.
Eu vou te odiar algumas vezes ainda, principalmente quando a saudade for maior que eu, mas eu amo tanto, tanto, tanto, tanto, tanto. É maior que o ódio, que a paz, que o sossego, que a saudade, que os medos e as perguntas.
Trancaria você mesmo, só pra te olhar dormindo.
Camila
preciso parar de dormir pra sonhar menos
eu acho que essa é a única solução pra eu parar de ter sonhos malucos.
Vi e eu temos tanto, mas tanto medo de recebermos no nosso aniversário aqueles carros que falam mensagens,sabe?!E eu sonhei hoje com esse negócio. Bem, é melhor ninguém fazer isso pra mim, mesmo. Não iria perdoar. Mas Vi, já entrei em contato com pessoas que fazem isso em Pira, tenho certeza que esse é um daqueles 'sonhos-sinais',sabe?
Antes disso(e sem auto-falantes) só é pra você saber que eu sei,mais que ninguém,o quanto do meu lado você anda e está. Mesmo que achem que eu tenho problema e que você está reclamando pela minha comida é bom que me confudam com você, pra ser sincera eu também confundo às vezes. Porque é mesmo quase a mesma coisa. Porque é mesmo bom compartilhar sonhos(sonhados enquanto estou acordada ou dormindo) com você e porque dói não ser sempre como você merece. Mas por amor eu tento,sempre tento!
Fifian, quero que chegue logo 17 de janeiro, porque vai ser muito legal te acordar gritando.(não precisa retribuir,tá?beijos =D)
Camila
Vi e eu temos tanto, mas tanto medo de recebermos no nosso aniversário aqueles carros que falam mensagens,sabe?!E eu sonhei hoje com esse negócio. Bem, é melhor ninguém fazer isso pra mim, mesmo. Não iria perdoar. Mas Vi, já entrei em contato com pessoas que fazem isso em Pira, tenho certeza que esse é um daqueles 'sonhos-sinais',sabe?
Antes disso(e sem auto-falantes) só é pra você saber que eu sei,mais que ninguém,o quanto do meu lado você anda e está. Mesmo que achem que eu tenho problema e que você está reclamando pela minha comida é bom que me confudam com você, pra ser sincera eu também confundo às vezes. Porque é mesmo quase a mesma coisa. Porque é mesmo bom compartilhar sonhos(sonhados enquanto estou acordada ou dormindo) com você e porque dói não ser sempre como você merece. Mas por amor eu tento,sempre tento!
Fifian, quero que chegue logo 17 de janeiro, porque vai ser muito legal te acordar gritando.(não precisa retribuir,tá?beijos =D)
Camila
sábado, 4 de setembro de 2010
um pouco de leveza
É difícil entender sentimentos,não é!? É tão complicado entender porque eu rio tanto,choro tanto, porque eu sou tão feliz e tão triste,porque sou tão inconstante!?
Não é fácil entender porque eu tenho tanto medo.
Medo de mim, dos meus instintos, dos meus desejos incontidos, dos meus atos impensados, da minha consciência que não me condena e se condena por não condenar.
Da culpa que eu não sinto, da vontade que não vai embora, medo dos outros, de mim, de nós todos. Da tpm com frustrações que me faz descontar grosserias em quem mais amo no mundo, medo da minha falta de controle nessas horas, da falta de noção pra perceber limites, pra perceber que mesmo o que não é feito por mal tem consequências.
Medo de acreditar, de não me conhecer, de não saber se é por amor ou por falta de. Pensar dói, dói nem sei onde. Porque quem questiona como eu tenho feito, quer respostas e eu não as tenho. Nenhuma,nem a mais simples delas. Só um cansaço enorme por não saber, por ser pouco convicta, por escrever sete finais diferentes pra mesma história, mesmo sabendo que a oitava opção,bem aquela que não conheço, é que vai se revelar no fim das contas.
Talvez eu precise de um pouco de leveza,de um pouco mais de calma, paciência, de menos medo, de menos noites mal dormidas, de menos confusão.
Porque tirando esses medos momentâneos, não sobra espaço pra nada ruim. Tem muito sorriso aqui também. O problema é que eu vivo numa velocidade maior do que deveria, eu quero saber como vai ser semana que vem e esqueço de prestar atenção em como hoje está sendo. Tudo culpa desse medo besta e adolescente. Tudo culpa dessa velha e boa mania de querer tudo aqui e agora, tudo culpa desse cheiro de chuva que eu tô sentindo. Faz lembrar tanta coisa que foi e não é,que era pra ser e não foi, tanta coisa que ainda não é e eu já sei.
Porque será que quando há sol e calor não sinto saudade de nada?!
Camila
Não é fácil entender porque eu tenho tanto medo.
Medo de mim, dos meus instintos, dos meus desejos incontidos, dos meus atos impensados, da minha consciência que não me condena e se condena por não condenar.
Da culpa que eu não sinto, da vontade que não vai embora, medo dos outros, de mim, de nós todos. Da tpm com frustrações que me faz descontar grosserias em quem mais amo no mundo, medo da minha falta de controle nessas horas, da falta de noção pra perceber limites, pra perceber que mesmo o que não é feito por mal tem consequências.
Medo de acreditar, de não me conhecer, de não saber se é por amor ou por falta de. Pensar dói, dói nem sei onde. Porque quem questiona como eu tenho feito, quer respostas e eu não as tenho. Nenhuma,nem a mais simples delas. Só um cansaço enorme por não saber, por ser pouco convicta, por escrever sete finais diferentes pra mesma história, mesmo sabendo que a oitava opção,bem aquela que não conheço, é que vai se revelar no fim das contas.
Talvez eu precise de um pouco de leveza,de um pouco mais de calma, paciência, de menos medo, de menos noites mal dormidas, de menos confusão.
Porque tirando esses medos momentâneos, não sobra espaço pra nada ruim. Tem muito sorriso aqui também. O problema é que eu vivo numa velocidade maior do que deveria, eu quero saber como vai ser semana que vem e esqueço de prestar atenção em como hoje está sendo. Tudo culpa desse medo besta e adolescente. Tudo culpa dessa velha e boa mania de querer tudo aqui e agora, tudo culpa desse cheiro de chuva que eu tô sentindo. Faz lembrar tanta coisa que foi e não é,que era pra ser e não foi, tanta coisa que ainda não é e eu já sei.
Porque será que quando há sol e calor não sinto saudade de nada?!
Camila
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Reflexos de um dia incomum
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
É assim que as coisas acontecem. De repente.
Você acorda em um dia que deveria ser comum, mas não é. O sorriso aparece mais fácil, os olhos inchados são só o reflexo de uma noite ruim, antes do de repente.
O medo é menor, a tristeza que era profunda já é superficial, antes não via luz alguma, agora é tudo muito claro. Tinha certa resistência em rasgar papéis, cartas, bilhetes e fotos, agora ver os pedaços disso não dói, nem incomoda tanto, nada incomoda tanto.
Tudo parece mais leve, menos cansativo, tudo parece possível. Parece assim porque é, e é muito bom acordar nesse dia incomum e perceber que não se pode perder tempo, que ninguém merece passar mais de cinco minutos sem sorrir.
As músicas que tentava evitar, quer ouvir mil vezes, ainda chora ou sorri por algumas, mas consegue. Consegue isso e muito mais, usar os perfumes, ver tudo, ler tudo, ouvir tudo, lembrar tudo, pensar tudo, planejar tudo, sonhar tudo, consegue tudo.
Antes achava que o mundo não mudava, que estava estagnado e que só andaria devagarinho, quase parando. Mas não, o mundo e tudo o mais muda, a vida gira, dá voltas, tudo e todos podem mudar, tudo pode acabar, começar, voltar e ir pra sempre e isso pode acontecer assim...de repente.
Não há nenhuma separação, só a certeza que de uma hora pra outra tudo é capaz de não ser mais igual. Do mesmo modo que do riso faz-se o pranto, do pranto faz-se o riso, e é bem melhor olhar por essa perspectiva. Como nada é definitivo, tudo é assim só por hoje, pode até ser um começo ou só o reflexo de um dia incomum.
Camila
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
É assim que as coisas acontecem. De repente.
Você acorda em um dia que deveria ser comum, mas não é. O sorriso aparece mais fácil, os olhos inchados são só o reflexo de uma noite ruim, antes do de repente.
O medo é menor, a tristeza que era profunda já é superficial, antes não via luz alguma, agora é tudo muito claro. Tinha certa resistência em rasgar papéis, cartas, bilhetes e fotos, agora ver os pedaços disso não dói, nem incomoda tanto, nada incomoda tanto.
Tudo parece mais leve, menos cansativo, tudo parece possível. Parece assim porque é, e é muito bom acordar nesse dia incomum e perceber que não se pode perder tempo, que ninguém merece passar mais de cinco minutos sem sorrir.
As músicas que tentava evitar, quer ouvir mil vezes, ainda chora ou sorri por algumas, mas consegue. Consegue isso e muito mais, usar os perfumes, ver tudo, ler tudo, ouvir tudo, lembrar tudo, pensar tudo, planejar tudo, sonhar tudo, consegue tudo.
Antes achava que o mundo não mudava, que estava estagnado e que só andaria devagarinho, quase parando. Mas não, o mundo e tudo o mais muda, a vida gira, dá voltas, tudo e todos podem mudar, tudo pode acabar, começar, voltar e ir pra sempre e isso pode acontecer assim...de repente.
Não há nenhuma separação, só a certeza que de uma hora pra outra tudo é capaz de não ser mais igual. Do mesmo modo que do riso faz-se o pranto, do pranto faz-se o riso, e é bem melhor olhar por essa perspectiva. Como nada é definitivo, tudo é assim só por hoje, pode até ser um começo ou só o reflexo de um dia incomum.
Camila
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Melhor duvidar.
Nada de especial acontecendo: hoje é terça, tive a primeira aula, a segunda não porque tenho italiano a noite,tô aqui no polo com a Vi esperando a hora passar pra gente almoçar, depois vamos passar em casa, ir na Bia e na rodoviária. Tá muito frio aqui, e eu ainda tô ficando com sono toda tarde. Não consegui me concentrar muito na aula,mas não por ter pensando em outras coisas ou pessoas,é porque esses assuntos não são muito minha praia e então qualquer coisa me desconcentra.
Talvez eu tenha me enganado e tudo isso seja especial,porque muitas vezes um dia que nada promete,um almoço comum,uma ida à rodoviária, surpreendem bem mais do que momentos que a gente tanto espera e cria expectativas que não são,depois,superadas.
É por isso que eu acho que devemos mesmo valorizar cada pequena coisa que passa por nós. E talvez aquele clichê que diz que devemos viver cada dia como se fosse o último faça um pouco de sentido. Porque eu,e provavelmente muita gente,sempre penso que vou ter mais uma chance,sempre penso que ainda vou ver mais uma vez,sempre penso que o destino ainda vai me fazer cruzar de novo o caminho de quem agora está longe. Até de forma inconsciente eu deixo pra aproveitar mais amanhã, porque amanhã está aí e eu vou poder de novo. Eu sempre penso que se eu desligar o telefone na cara de alguém ele vai retornar, se eu mandar embora,vai voltar.Se eu falar que nunca mais,sempre vai vir e me convencer que sim,se eu bater a porta,volta e abre e entra e não é assim.
Eu posso bater várias portas, mas em um dia comum, aquela pessoa que eu tenho certeza que volta,vai embora. E eu fico com a porta fechada, perplexa pelo fim dessa história,só porque eu ainda achava que eu sempre podia de novo,mais e ainda. Por isso,não quero ter certezas,nem bater tantas portas. É melhor duvidar e deixá-las abertas.
Camila
Talvez eu tenha me enganado e tudo isso seja especial,porque muitas vezes um dia que nada promete,um almoço comum,uma ida à rodoviária, surpreendem bem mais do que momentos que a gente tanto espera e cria expectativas que não são,depois,superadas.
É por isso que eu acho que devemos mesmo valorizar cada pequena coisa que passa por nós. E talvez aquele clichê que diz que devemos viver cada dia como se fosse o último faça um pouco de sentido. Porque eu,e provavelmente muita gente,sempre penso que vou ter mais uma chance,sempre penso que ainda vou ver mais uma vez,sempre penso que o destino ainda vai me fazer cruzar de novo o caminho de quem agora está longe. Até de forma inconsciente eu deixo pra aproveitar mais amanhã, porque amanhã está aí e eu vou poder de novo. Eu sempre penso que se eu desligar o telefone na cara de alguém ele vai retornar, se eu mandar embora,vai voltar.Se eu falar que nunca mais,sempre vai vir e me convencer que sim,se eu bater a porta,volta e abre e entra e não é assim.
Eu posso bater várias portas, mas em um dia comum, aquela pessoa que eu tenho certeza que volta,vai embora. E eu fico com a porta fechada, perplexa pelo fim dessa história,só porque eu ainda achava que eu sempre podia de novo,mais e ainda. Por isso,não quero ter certezas,nem bater tantas portas. É melhor duvidar e deixá-las abertas.
Camila
sábado, 14 de agosto de 2010
Ninguém é
A verdade é que ninguém é sozinho. Não quero dizer que as pessoas não vivam ou se sintam sozinhas. Digo que ninguém é,ninguém existe sozinho. Cada um de nós é um misto de muitas e muitas coisas, de muitas outras pessoas,de muitos jeitos, de muitas caras,de muitos gestos,de muitos livros,de muitas músicas,de muitas histórias,de muitos sentimentos e muitos segredos. Sem isso ninguém é,ou é um vazio.
Percebo,cada vez mais, que o contato com o mundo modifica,acrescenta,melhora,transforma, algo em mim, e em todos e que todo mundo leva um pedaço do outro e das coisas que toca.
É simplesmente maravilhoso perceber que algumas coisas em mim lembram características de pessoas com quem convivo ou já convivi,é muito bom que eu seja um misto das pessoas que eu amo,dos livros que leio,das músicas que ouço,das histórias que me contam,dos gestos que eu vejo. E é assim que a gente nasce,de fato:vendo,ouvindo,lendo,observando e mantendo contato com outros,o que nos faz ser alguém carregando um pouco de cada parte que já existe no mundo. E é por isso que digo que ninguém existe sozinho,ninguém é, sem pessoas,sem histórias,sem gestos,sem construção.
E esse processo que nos deixa tão cheios do outro, tão parecidos com tudo e com todos não tem fim e nem volta.
O que a gente traz do outro e de tudo fica pra sempre, permanece,torna-se nosso.
É mesmo fantástico...
P.S:Por falar em marcas, hoje é 14 de agosto. São 16 meses,489 dias(bom,vou parar por aqui com os números, esse não é,definitivamente,meu forte!)que uma dessas pessoas marcantes resolveu deixar em mim partes do que ela é. E eu tenho certeza que isso aconteceu,de um jeito ou de outro aconteceu. Não é muito difícil de perceber,tem sempre alguma coisa dela no que eu falo,no que escrevo,no que eu penso e no que eu sou. E mesmo que os caminhos tenham mudado, o que era só dela agora é meu também.
Nunca quero ser tão explícita quanto a isso, tampouco implícita demais.Não gostaria também de ser confusa ou prolixa. Bem...lacônica e direta certamente eu não sou!
Cá
Percebo,cada vez mais, que o contato com o mundo modifica,acrescenta,melhora,transforma, algo em mim, e em todos e que todo mundo leva um pedaço do outro e das coisas que toca.
É simplesmente maravilhoso perceber que algumas coisas em mim lembram características de pessoas com quem convivo ou já convivi,é muito bom que eu seja um misto das pessoas que eu amo,dos livros que leio,das músicas que ouço,das histórias que me contam,dos gestos que eu vejo. E é assim que a gente nasce,de fato:vendo,ouvindo,lendo,observando e mantendo contato com outros,o que nos faz ser alguém carregando um pouco de cada parte que já existe no mundo. E é por isso que digo que ninguém existe sozinho,ninguém é, sem pessoas,sem histórias,sem gestos,sem construção.
E esse processo que nos deixa tão cheios do outro, tão parecidos com tudo e com todos não tem fim e nem volta.
O que a gente traz do outro e de tudo fica pra sempre, permanece,torna-se nosso.
É mesmo fantástico...
P.S:Por falar em marcas, hoje é 14 de agosto. São 16 meses,489 dias(bom,vou parar por aqui com os números, esse não é,definitivamente,meu forte!)que uma dessas pessoas marcantes resolveu deixar em mim partes do que ela é. E eu tenho certeza que isso aconteceu,de um jeito ou de outro aconteceu. Não é muito difícil de perceber,tem sempre alguma coisa dela no que eu falo,no que escrevo,no que eu penso e no que eu sou. E mesmo que os caminhos tenham mudado, o que era só dela agora é meu também.
Nunca quero ser tão explícita quanto a isso, tampouco implícita demais.Não gostaria também de ser confusa ou prolixa. Bem...lacônica e direta certamente eu não sou!
Cá
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
e é imensa (...saudadeeeeeee!)
Enquanto eu vinha pra Araraquara ontem a noite e via,de longe,a cidade com muitas luzes acesas, comecei a pensar no quanto o mundo é grande e no quanto tudo é grande. Até parece filosofia de boteco,né?!Mas não é. Não que não seja filosofia,é que não frequento botecos.
Enfim,cada luz daquela que eu via de dentro do ônibus estava acesa na casa de alguém. De alguém que eu conheço,de alguém que gosto,de quem eu nem imagino que existe,alguém que nunca vou chegar a ver. Não tem nada de extraordinário nisso,mas enquanto eu simplesmente estou voltando pra casa tem gente fazendo milhares de outras coisas. Enquanto eu durmo e sonho,ou sonho e não durmo, tem gente nascendo e gente morrendo,e rindo,comendo,vivendo e tem luz apagando e acendendo o tempo todo.
É tudo grande demais,todas as coisas que estão em volta da gente são grandes demais. E nós não,e eu não.
Além disso,é estranho perceber que eu posso não ser grande, mas o que há dentro de mim é.
O mundo aqui fora é grande e me ajuda a esquecer do que se passa aqui dentro. Porque eu posso fazer inúmeras coisas e ocupar 24 horas do meu dia,mas o mundo aqui de dentro,que não fica atrás no quesito tamanho,grita,chama e quer me mostrar que existe. Que ainda tem coisas que eu não resolvi,que eu não sei resolver.
Pode ser um cantor,uma música,um olhar,um cheiro,uma foto,uma noite. Pode ser o vento que bate,os sorrisos que eu lembro,a companhia que falta,o carinho que não mais está.Pode ser que tudo isso junto me faça terminar a noite assim:com uma saudade enorme e com a sensação de que o mundo se tornou um pouco menor pra mim sem o que é tão importante,mas não sei se é isso. No fim das contas isso só ajuda,essa falta nunca me deixa.
E o mundo é tão grande, é tudo tão grande,e quem vai saber o que as outras pessoas fazem agora? Quem vai querer saber o que eu faço?Quem vai saber o que eu quero?
Aqui dentro,vou apagar a minha luz. Lá fora,alguém vai acender.
Cá
Enfim,cada luz daquela que eu via de dentro do ônibus estava acesa na casa de alguém. De alguém que eu conheço,de alguém que gosto,de quem eu nem imagino que existe,alguém que nunca vou chegar a ver. Não tem nada de extraordinário nisso,mas enquanto eu simplesmente estou voltando pra casa tem gente fazendo milhares de outras coisas. Enquanto eu durmo e sonho,ou sonho e não durmo, tem gente nascendo e gente morrendo,e rindo,comendo,vivendo e tem luz apagando e acendendo o tempo todo.
É tudo grande demais,todas as coisas que estão em volta da gente são grandes demais. E nós não,e eu não.
Além disso,é estranho perceber que eu posso não ser grande, mas o que há dentro de mim é.
O mundo aqui fora é grande e me ajuda a esquecer do que se passa aqui dentro. Porque eu posso fazer inúmeras coisas e ocupar 24 horas do meu dia,mas o mundo aqui de dentro,que não fica atrás no quesito tamanho,grita,chama e quer me mostrar que existe. Que ainda tem coisas que eu não resolvi,que eu não sei resolver.
Pode ser um cantor,uma música,um olhar,um cheiro,uma foto,uma noite. Pode ser o vento que bate,os sorrisos que eu lembro,a companhia que falta,o carinho que não mais está.Pode ser que tudo isso junto me faça terminar a noite assim:com uma saudade enorme e com a sensação de que o mundo se tornou um pouco menor pra mim sem o que é tão importante,mas não sei se é isso. No fim das contas isso só ajuda,essa falta nunca me deixa.
E o mundo é tão grande, é tudo tão grande,e quem vai saber o que as outras pessoas fazem agora? Quem vai querer saber o que eu faço?Quem vai saber o que eu quero?
Aqui dentro,vou apagar a minha luz. Lá fora,alguém vai acender.
Cá
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Presenças e presentes
Definitivamente não há nada melhor no mundo do que dividir a vida com pessoas tão especiais. A presença dessas pessoas foram hoje, e são sempre, meus maiores e melhores presentes e os que me fazem seguir em frente cada vez mais. As presenças não são,necessariamente,fisícas. Algumas pessoas não puderam estar aqui pessoalmente,mas eu as senti comigo, eu as ouvi em cada telefonema,li em cada mensagem,e notei em cada desejo.
Meu dia foi muito bom e só agora deu tempo de parar pra pensar,já que ontem eu tava ansiosa demais pra isso.Já são 21 anos e, graças a Deus,tenho muito mais motivos pra agradecer do que qualquer outra coisa. Conquistei muita coisa e continuo alimentando a cada dia sonhos novos,certa de que esses também serão alcançados. Minha família,meus amigos,todos eles, são as pessoas mais maravilhosas do mundo e são,sem dúvida,minha vida!
As meninas da faculdade fizeram uma festa surpresa pra mim na kit da Vi, não desconfiei de nada,amei,amei,amei,muito!Passar a tarde com elas foi maravilhoso,rir,conversar,contar,ouvir,chorar,aconselhar,dar,receber,acolher e entender.
Agora a noite fiquei aqui com o pessoal da kit e mais uma vez o mico do bolo!rs
Pena que a Bia e a Ná não estavam(pessoalmente,como disse).
Adorei os presentes,brigadeiros e a chave escondida. Mas o que eu amei de verdade foi o carinho de todo mundo,o amor que dá pra perceber em cada gesto, saber que desde muito tempo e-mails são trocados por minha causa só porque essas pessoas me amam,só porque somos,umas para as outras,especiais. Coisas assim fazem toda diferença.
Claro que houve a falta de uma ou outra coisa e talvez de um carinho que esperava maior,mas no fim do dia eu tô muito mais feliz do que qualquer outra coisa e certa de que a vida vale a pena,e que é disso que ela é feita:momentos que nos fazem sentir especial e cercada por amor!
P.S.:Já é 00:50,portanto dia 3!rs. Mas pra mim só é outro dia depois que eu durmo.E entao esse,que foi tããão bom,termina só agora. Depois que eu agradecer por tudo,pela vida,pelo que eu ganho,pelas perdas e tombos,pelas conquistas,pelos amigos,pela família,por vocês,pelo amor,pela amizade,pela alegria e pela dor. É por causa de todas essas coisas que sou quem e como sou.
Cá
Meu dia foi muito bom e só agora deu tempo de parar pra pensar,já que ontem eu tava ansiosa demais pra isso.Já são 21 anos e, graças a Deus,tenho muito mais motivos pra agradecer do que qualquer outra coisa. Conquistei muita coisa e continuo alimentando a cada dia sonhos novos,certa de que esses também serão alcançados. Minha família,meus amigos,todos eles, são as pessoas mais maravilhosas do mundo e são,sem dúvida,minha vida!
As meninas da faculdade fizeram uma festa surpresa pra mim na kit da Vi, não desconfiei de nada,amei,amei,amei,muito!Passar a tarde com elas foi maravilhoso,rir,conversar,contar,ouvir,chorar,aconselhar,dar,receber,acolher e entender.
Agora a noite fiquei aqui com o pessoal da kit e mais uma vez o mico do bolo!rs
Pena que a Bia e a Ná não estavam(pessoalmente,como disse).
Adorei os presentes,brigadeiros e a chave escondida. Mas o que eu amei de verdade foi o carinho de todo mundo,o amor que dá pra perceber em cada gesto, saber que desde muito tempo e-mails são trocados por minha causa só porque essas pessoas me amam,só porque somos,umas para as outras,especiais. Coisas assim fazem toda diferença.
Claro que houve a falta de uma ou outra coisa e talvez de um carinho que esperava maior,mas no fim do dia eu tô muito mais feliz do que qualquer outra coisa e certa de que a vida vale a pena,e que é disso que ela é feita:momentos que nos fazem sentir especial e cercada por amor!
P.S.:Já é 00:50,portanto dia 3!rs. Mas pra mim só é outro dia depois que eu durmo.E entao esse,que foi tããão bom,termina só agora. Depois que eu agradecer por tudo,pela vida,pelo que eu ganho,pelas perdas e tombos,pelas conquistas,pelos amigos,pela família,por vocês,pelo amor,pela amizade,pela alegria e pela dor. É por causa de todas essas coisas que sou quem e como sou.
Cá
domingo, 1 de agosto de 2010
Eu entendo disso!
Estou de novo em Araraquara. Vim ontem com a mamãe e hoje ela foi embora a tarde,o que me fez ficar um pouco triste. É sempre ruim quando alguém vem aqui e eu fico. Além disso as meninas ainda não vieram e eu estou sozinha, o que me deixa livre o suficiente pra pensar,o que não tem sido muito bom nos últimos dias.
Hoje estou,excessivamente,preguiçosa. Comecei a ler um dos livros que ganhei mas,apesar de ser bom,não fluiu muito. Fiquei com preguiça também de arrumar minhas gavetas e só agora consegui fazer isso, e me dá preguiça só de pensar no que ainda está por vir. E eu não falo só de gavetas.
Tô animada com a volta e com o início de mais um semestre, tô morrendo de saudade das meninas e morrendo de vontade de tê-las por perto novamente. É bom voltar pra cá,embora esteja sendo mais difícil dessa vez deixar minha família lá, meu coração tá meio apertado ainda,mas vai tudo dar certo,tenho certeza.
Amanhã é meu aniversário e eu tô ansiosa,rs. Tenho vergonha desse dia,sei lá, ainda mais quando me dão parabéns por telefone e eu fico sem saber como prosseguir com a conversa. Bem, 21 anos. Não era assim que me imaginava com essa idade,mas confesso que a vida real é melhor do que a que eu imaginava.
Essa noite,apesar do meu cansaço,meu sono foi agitado. Acordei várias vezes porque umas coisas não saem da minha cabeça,nem enquanto eu durmo.
Queria que umas coisas fossem diferentes,que algumas pessoas estivessem aqui,queria dormir cedo pra acordar bem amanhã. Mas nem sempre se pode o que quer, e eu entendo disso.
Cá
Hoje estou,excessivamente,preguiçosa. Comecei a ler um dos livros que ganhei mas,apesar de ser bom,não fluiu muito. Fiquei com preguiça também de arrumar minhas gavetas e só agora consegui fazer isso, e me dá preguiça só de pensar no que ainda está por vir. E eu não falo só de gavetas.
Tô animada com a volta e com o início de mais um semestre, tô morrendo de saudade das meninas e morrendo de vontade de tê-las por perto novamente. É bom voltar pra cá,embora esteja sendo mais difícil dessa vez deixar minha família lá, meu coração tá meio apertado ainda,mas vai tudo dar certo,tenho certeza.
Amanhã é meu aniversário e eu tô ansiosa,rs. Tenho vergonha desse dia,sei lá, ainda mais quando me dão parabéns por telefone e eu fico sem saber como prosseguir com a conversa. Bem, 21 anos. Não era assim que me imaginava com essa idade,mas confesso que a vida real é melhor do que a que eu imaginava.
Essa noite,apesar do meu cansaço,meu sono foi agitado. Acordei várias vezes porque umas coisas não saem da minha cabeça,nem enquanto eu durmo.
Queria que umas coisas fossem diferentes,que algumas pessoas estivessem aqui,queria dormir cedo pra acordar bem amanhã. Mas nem sempre se pode o que quer, e eu entendo disso.
Cá
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