O começo, para mim, é o melhor da história. Nada mais gostoso do que o frio na barriga, a ansiedade, as expectativas. De um novo amor, um novo trabalho, uma nova amizade, de uma nova fase, de qualquer coisa que seja novidade.
O meio encanta, transforma e, principalmente, conquista. O que parecia, no começo, passageiro agora faz parte, faz diferença, agora é constante; é permanente.
Permanece até o momento em que chega a pior parte da história: o fim. É, para mim, e deve ser para muitos o mais difícil, a parte mais complicada da história e que faz muita coisa deixar de ter sentido.
Passei pelo começo que foi, mesmo, cheio de expectativas e bons momentos. Durante esse tempo todo, o meio, fiquei mesmo encantada,me transformei e deixei conquistar. Só não conquistei. O meu meio, nesse meu caso, nessa minha história foi um tanto confuso demais, doído demais, superficial demais, com mentiras demais e com menos verdade do que eu precisava. Praticamente desde o começo eu sabia do fim, sabia que era tão certo quanto a morte de alguém que vive: ia ter fim. Só não sabia, e isso é impossível saber, como seria, quando seria.
Não lamento nada, nem me arrependo ou reclamo. Isso não é típico do meu comportamento.
Um hora ou outra nos deparamos com o fim e é assim mesmo, ruim, traz com ele um vazio enorme, tristeza, dor, saudade,insegurança, medo. E quando, só no fim, você percebe coisas que acontecem desde o começo a coisa se complica ainda mais...
Mas uma coisa não dá pra negar, esse fim, como qualquer outro, me deixa livre para um novo começo. Que pode ser melhor ou não, mas que, com certeza, diferente vai ser.
E eu posso começar de novo, sempre. E quantas vezes for preciso....
Cá