Domingo. Primeiro dia da semana, primeiro dia de vida nova. E que vida boa, venho agora a saber.
Aquele lugar pequeno, frio e vazio me fazia ter medo do que viria e de quem viria. E quem veio, de repente, naquele mesmo dia? Alguém que de algum modo eu já conhecia e que, desde o primeiro dia, é o que se chama de melhor amiga.
Um rápido telefonema, uma quase intimidade, um até amanhã e uma noite, por mim, não dormida.
Depois, um ‘oi, tudo bem?’, um abraço, dois abraços, três abraços e aí está a melhor amiga que esperava tanto encontrar.
O encontro foi pleno, com cara de reencontro, o lugar pequeno e vazio se tornou grande e cheio, cheio, cheio de amor, de cumplicidade e de alegria.
Minha melhor amiga, ou irmã, ou companheira, ou melhor: minha tudo isso e mais um pouco, tornou cada dia melhor do que eu imaginava que poderia ser, tornou a realização de cada sonho um pouco melhor, tornou os problemas pequenos e as alegrias enormes.
Os dias seguintes àquele foram dias de conhecer, de aprender, de entender e de, rapidamente, saber cada detalhe no olhar, nos gestos e no silêncio.
Foram e são dias de chorar e rir e chorar de rir, de dividir as maiores besteiras do mundo e as coisas mais sérias, dias de dividir, dividir e multiplicar tudo, fazendo com que cada um que, de longe, olha perceba ali algo verdadeiro.
Quem chegou naquele dia, chegou pra ficar. Trouxe família, amigos e sonhos, trouxe tudo pra passar a vida inteira aqui. Veio e ficou por ser capaz de ouvir sem julgar, de entender sem concordar, de alegrar, de confiar e respeitar e, sobretudo, veio e ficou por não a ter conhecido e sim, reconhecido. Por ser, entre tantas outras, a capaz de ser diferente e ser especial, desde sempre e sempre mais.
Solidão? Que nada!
Muitos telefonemas, muita intimidade, saudade, amizade, segredos, conselhos, verdades e muitos outros abraços.
- Até amanhã às 20 pras 8, tá?
Camila
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