terça-feira, 17 de agosto de 2010

Melhor duvidar.

Nada de especial acontecendo: hoje é terça, tive a primeira aula, a segunda não porque tenho italiano a noite,tô aqui no polo com a Vi esperando a hora passar pra gente almoçar, depois vamos passar em casa, ir na Bia e na rodoviária. Tá muito frio aqui, e eu ainda tô ficando com sono toda tarde. Não consegui me concentrar muito na aula,mas não por ter pensando em outras coisas ou pessoas,é porque esses assuntos não são muito minha praia e então qualquer coisa me desconcentra.
Talvez eu tenha me enganado e tudo isso seja especial,porque muitas vezes um dia que nada promete,um almoço comum,uma ida à rodoviária, surpreendem bem mais do que momentos que a gente tanto espera e cria expectativas que não são,depois,superadas.

É por isso que eu acho que devemos mesmo valorizar cada pequena coisa que passa por nós. E talvez aquele clichê que diz que devemos viver cada dia como se fosse o último faça um pouco de sentido. Porque eu,e provavelmente muita gente,sempre penso que vou ter mais uma chance,sempre penso que ainda vou ver mais uma vez,sempre penso que o destino ainda vai me fazer cruzar de novo o caminho de quem agora está longe. Até de forma inconsciente eu deixo pra aproveitar mais amanhã, porque amanhã está aí e eu vou poder de novo. Eu sempre penso que se eu desligar o telefone na cara de alguém ele vai retornar, se eu mandar embora,vai voltar.Se eu falar que nunca mais,sempre vai vir e me convencer que sim,se eu bater a porta,volta e abre e entra e não é assim.
Eu posso bater várias portas, mas em um dia comum, aquela pessoa que eu tenho certeza que volta,vai embora. E eu fico com a porta fechada, perplexa pelo fim dessa história,só porque eu ainda achava que eu sempre podia de novo,mais e ainda. Por isso,não quero ter certezas,nem bater tantas portas. É melhor duvidar e deixá-las abertas.

Camila

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